Responsável por plano contra Moro e vigilância a Lira é executado pelo PCC na prisão

Responsável por plano contra Moro e vigilância a Lira é executado pelo PCC na prisão

Assassinato em presídio de segurança máxima

O Primeiro Comando da Capital (PCC) executou Janeferson Aparecido Mariano Gomes, conhecido como Nefo, na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau. Nefo havia coordenado o plano para um atentado contra o senador Sérgio Moro e foi preso em março de 2023 durante a Operação Sequaz. Além de Nefo, também foi assassinado Reginaldo Oliveira de Souza, o Rê, um assaltante de bancos e integrante do grupo que dá ordens aos faccionados em liberdade. Ambos foram mortos durante o banho de sol.


Reginaldo Oliveira de Souza, o Rê e Janeferson Aparecido Mariano Gomes, o Nefo, em videoconferência interceptada pela Polícia Federal, durante a Operação Sequaz

Plano fracassado e acerto de contas

Segundo investigadores, a execução de Nefo e Rê foi ordenada pelo comando do PCC, possivelmente como acerto de contas pelo fracasso do plano de resgate de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, e dos atentados contra autoridades. Nefo teria sido acusado de “falar demais”, o que resultou em sua morte.


Polícia Federal diz que liderança de Janeferson Aparecido Mariano na quadrilha ligada ao PCC ‘é percebida pelo desfrute de bens de alto poder aquisitivo’.

Monitoramento de Moro e Lira

Quando Nefo foi preso, ele já havia coordenado um complexo esquema de vigilância contra o senador Moro, alugando imóveis próximos à residência do senador e monitorando sua rotina. A Polícia Federal, com informações do Gaeco, descobriu o plano e interceptou imagens e dados detalhados sobre o cotidiano de Moro e de outras autoridades, incluindo o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira.


Imagens encontradas pelo Gaeco com o PCC das residências de Lira e de Pacheco em Brasília. durante a investigação sobre a Sintonia Restrita

Operação Sequaz e descobertas da PF

A Operação Sequaz revelou que os integrantes do PCC haviam montado um arsenal de explosivos e equipamentos para um atentado contra Moro. A investigação também mostrou que o plano B da facção envolvia atentados contra outras autoridades e promotores, enquanto o plano A focava no resgate de Marcola, utilizando mercenários e integrantes do Novo Cangaço. As prisões e a interceptação dos planos resultaram em uma significativa derrota para o PCC.

Redação Fatuz