Em jogo tenso, Brasil perde para Japão e disputará o bronze da Liga das Nações de vôlei
Japonesas encerram série invicta de 13 vitórias do Brasil e disputarão pela primeira vez a final desta competição
Em jogo tenso, com rallys longos e de muita paciência, o Japão levou a melhor. Venceu o Brasil por 3 a 2 (24/26 e 25/20, 21/25, 25/22 e 12/15 ), na manhã deste sábado, em Bangkok, na Tailândia. As japonesas encerraram série de 13 vitórias seguidas das brasileiras e avançaram à final da Liga das Nações pela primeira vez. Enfrentarão a Itália que derrotou a Polônia por 3 sets a 0 (25/18, 25/17 e 25/12), também neste sábado. Wada, do Japão, fez excelente partida e marcou 21 pontos. Gabi, a capitã do Brasil, também marcou 21 pontos.
O Brasil enfrentará a Polônia pela disputa da medalha de bronze, às 7h. Julia Bergmann, que entrou no jogo no primeiro set, vinda do banco, também se destacou na partida com 17 pontos. Ela, no entanto, saiu no quarto set com dores na panturrilha esquerda e pode ser desfalque na disputa pelo terceiro lugar.
Brasil e Japão estão garantidos nas Olimpíadas e, inclusive, se enfrentarão na primeira fase. As duas seleções caíram no Grupo B, ao lado de Polônia e Quênia.
Brasil e Japão protagonizaram mais um jogo para quem tem o coração forte. O Japão defendeu muito e contou com um trio inspirado no ataque: Wada, Koga e Ishikawa. Koga fez 18 pontos.
Os últimos quatro jogos, anteriores a este, tiveram, pelo menos quatro sets. Três dessas partidas terminaram no tie-break e todos no detalhe. Nesta edição de VNL, as equipes já haviam se enfrentaram, com vitória do Brasil por 3 sets a 2.
E neste sábado, ambas seleções tiveram de ter sangue frio para superar momentos de altos e baixos. O Japão foi mais efetivo na defesa:
–Hoje, foi uma das vezes em que mais vi as japonesas defenderem. Ficamos chateadas, mas jogo contra o Japão é no detalhe. Não paramos de lutar, mas o esporte é isso. Na batalha de cinco sets, quem perdemos fomos nós. Agora, é já pensar em amanhã e buscar uma medalha — lamentou Rosamaria, um dos destaque do Brasil com 16 pontos.
O primeiro set foi uma verdadeira montanha russa. O Japão começou com força total, defendendo todas as bolas. Já o Brasil começou muito tenso e não conseguia virar. E com quatro pontos em sequência, sendo dois de contra ataques de Julia Bergmann, o Brasil entrou no jogo (13 a 15) — a distância chegou a 7 pontos. O placar empatou no 17 a 17. O Brasil teve três set points, mas o Japão fechou em 24 a 26. Julia, destaque no set, fez sete pontos.
Na parcial seguinte, o Japão manteve a defesa em alta e abriu 5 a 9. Até que o Brasil chegou ao empate em 11 a 11, com rally longo. A bola não caía na quadra rival. Com bloqueio de Carol, o Brasil passou à frente no 12.º ponto e passou a comandar o placar: 19 a 15. Logo no primeiro set point, Gabi, no contra ataque, fechou a parcial em 25 a 20.
Diferentemente dos sets anteriores, o Brasil passou a liderar o terceiro logo no início. E em 9 a 9, o Japão chegou no Brasil e depois deslanchou. Em uma sequência de quatro pontos seguidos, o Brasil se recolocou no set (21 a 22), mas as japoneses não perderam a chance de fechar. (21 a 25). No quarto set, o Brasil fez 6 a 0. Mas contra o Japão nada é simples. O empatou chegou em 10 a 10 com ótimo saque e bloqueio das rivais. Numa parcial de sobrevivência, o Brasil precisou ter paciência. Abriu vantagem em alguns momentos e viu o Japão encostar. Dois bloqueios seguidos, de Carol e Thaísa, garantiram a vitória brasileira por 25 a 22.
E no tie-break, mais curto, é sempre mais complicado buscar o placar. O Japão abriu 0 a 4. Dois erros seguidos da Carol (1 a 7) distanciou o Brasil. Mas exatamente como ocorreu na partida toda, as brasileiras não se entregaram, correram atrás e chegaram a 6 a 7. Mas japonesas levaram a melhor. No total, o Brasil deu 24 pontos em erros para o Japão. E “ganhou” 15.