Estádio do Flamengo: Edital prevê lance mínimo de R$ 138 milhões e ao menos 70 mil lugares
O terreno do Gasômetro que vai abrigar o futuro estádio do Flamengo vai a leilão pelo lance mínimo de R$ 138,1 milhões. É esse o valor que consta no edital de licitação publicado hoje no Diário Oficial pela prefeitura do Rio de Janeiro após desapropriar a área de 86,5 mil m² que pertencia a um fundo de investimentos gerido pela Caixa.
O edital prevê que a exploração e ocupação do local se dê para a construção de um estádio com capacidade mínima de 70 mil lugares. O projeto do Flamengo, que deverá ser o único ofertante no leilão, é de uma arena de 80 mil lugares — a maior do Brasil.
Além disso o termo de referência estabelece uma série de diretrizes a serem cumpridas pelos interessados, que vão desde trânsito a eficiência energética e qualidade do ar. Veja alguns abaixo:
– Plano de mobilidade urbana que privilegie o uso do transporte coletivo e acesso por pedestres nas imediações. O projeto deverá considerar obrigatoriamente o acesso de veículos de transporte individual de passageiros pelas vias internas do bairro de São Cristóvão. O acesso pela Avenida Francisco Bicalho, umas das principais vias da cidade, será proibido;
– Instalação, preferencialmente, de sistemas de captação e reuso de água da chuva para irrigação de gramados e uso em banheiros. Deverão ser usados dispositivos de baixo consumo de água em banheiros e vestiários;
– “Zonas de experiências”, com áreas temáticas ao redor do estádio, como museus interativos e zonas de jogos;
– Calçadas largas e acessíveis, além de ciclovias que conectem o estádio a áreas residenciais e comerciais próximas;
– Projeto de estacionamento suficiente, preferencialmente subterrâneo ou em edifício-garagem;
– Implementação de “sistema robusto de coleta seletiva e reciclagem de resíduos”, assim como áreas de docas para coleta de lixo;
– Incorporação de painéis solares e outras fontes de energia renovável, além de estratégias que incluam compensação de carbono;
– Deverá ser usada iluminação LED de alta eficiência e sistemas de controle automatizado para reduzir o consumo energético;
– Integração da vegetação ao projeto, como jardins verticais e, preferencialmente, telhados verdes, para melhorar a qualidade do ar e reduzir a temperatura ambiente;
– Plano de Alcance Social que abranja impactos para as populações e comunidades do entorno, privilegiando a contratação de mão de obra local, projetos de qualificação profissional e educação esportiva e cultural;
– Integração com o entorno, o que inclui lojas, museu, restaurantes, bares e serviços.